terça-feira, 25 de novembro de 2014

Entrevista com a atriz e palhaça Fabiana Pirro


(Imagem: Divulgação)

Fabiana Pirro, ou Uruba como é chamada quando se transforma em palhaça, nasceu em 1969, na cidade de Recife, Pernambuco. Uma das pioneiras da palhaçaria feminina em Pernambuco e com vários projetos para 2015, ela conversou com nossa equipe. Confira a entrevista:

Para começar, quem é Fabiana Pirro?
Mãe, mulher, atriz, produtora, dona de casa, errante, feliz e cheia de projetos.

Como começou a sua história com a palhaçaria?
Eu tenho 15 anos de teatro e nunca imaginei que eu pudesse me apresentar com palhaço. Depois de certo tempo em espetáculos fazendo várias personagens, chegou um momento que eu quis sair do teatro mais convencional e fazer personagens cômicos. Eu abri uma companhia junto com Lívia Falcão, que me ajudou muito no interesse de me aprofundar nessa linguagem. O palhaço entrou através do teatro e depois veio a magia de entender tudo isso e toda a técnica e o estudo. A partir disso, Lídia e eu criamos, há quatro anos, uma formação de mulheres palhaças, a primeira do nordeste.

Fabiana Pirro e Lívia Falcão (Imagem: Divulgação)
Fabiana Pirro em suas apresentações a direita (Imagem: Divulgação)

E que formação é essa?
A Duas Companhias é uma imersão. Fomos até a zona da mata de Pernambuco para ensinar. Trouxemos uma grande professora de palhaçaria feminina de fora do país. Tinham atrizes, bailarinas. Foi um projeto bancado pelo Funcultura e dividido em três módulos que durou cerca de um mês. Depois da formação criamos o espetáculo Divinas. sou eu, Lívia Falcão e Odília Nunes, uma grande palhaça. Fizemos este espetáculo no Palco Giratório ano passado e corremos o Brasil todo.  Já é um espetáculo que tem 3 anos de estrada. Depois, fiz várias oficinas com vários mestres e este ano, quando aconteceu o festival aqui.

Nesse tempo de palhaçaria, você tem algum episódio bem interessante?
São muitos momentos bons, mas um espetáculo em Condado, Pernambuco que nós fizemos foi muito inesquecível. Chamamos as pessoas. As crianças ajudaram a organizar, a varrer. Você vê que a força do palhaço, principalmente na Mata Norte é grande. Eu fiquei impressionada com esse poder. Quando eles viram que eram mulheres que iriam se apresentar, todos fizeram questão de assistir.  Sem o palhaço realmente não existe o circo, não é? Eu guardei muito a comoção e a ajuda de todos nessa apresentação.

Fabiana Pirro e Lívia Falcão encantam as crianças há cerca de 15 anos (Imagem: Divulgação)

Você já pensou em desistir?
Desistir? Não... Porque eu sou atriz, não é? E aí desistir é uma palavra que não existe para quem é mesmo do ofício de atuar. A gente tem que estar sempre tentando aquilo que a gente não consegue. A estrada é longa, por isso que os melhores palhaços são os mais velhos. Ainda tenho muito que aprender, mas desistir nunca.

Onde é que você está se apresentando atualmente?
Tem a Duas Companhias, a gente tem o espetáculo Caetana, Divinas, tem também Taxuxa que é uma peça infantil e a Dona da História que é a mais nova montagem, que é Divina e Olga com texto de João Falcão. Em janeiro eu vou estrear um monólogo chamo Obscena, que é baseado na história de Hilda Hils, mas que só vai ser apresentado no ano que vem. No momento estou com oito meses de gravidez de Obscena.

Nos bastidores: como é a preparação de Lívia Falcão para suas apresentações (Imagem: Divulgação)


Reportagem: Fernando Lima

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