Com séculos de existência, arte circense encanta o mundo
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| A arte circense surgiu há 5 mil anos na China (Imagem: Divulgação) |
Mesmo que algumas crianças do século XXI prefiram um jogo de computador a o famoso “pega-pegou” na rua de casa, é quase impossível que a mesma criança, ao chegar no circo e assistir ao espetáculo, não fique emocionada e entusiasmada com tudo o que viu. Tem sido assim há séculos. Vestígios arqueológicos dizem, inclusive, que a arte circense surgiu na China há 5 mil anos. Naquela época, modalidades – contorcionismo, acrobacia e equilibrismo - que hoje fazem parte do circo moderno, antes eram usadas para aumentar a flexibilidade, agilidade e a força entre os guerreiros. Só depois passaram a ser usadas como uma forma de entretenimento.
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| Modalidades como o contorcionismo e acrobacia eram usadas para aumentar flexibilidade e força (Imagem: Divulgação) |
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| Circo Estoril (Imagem: Divulgação) |
Civilizações antigas como a do Egito, Índia e Grécia também possuem registros de espetáculos com elementos circenses. Um passo importante para a história do circo foi a construção do Coliseu em 40 a.C. Lá eram feitas apresentações com engolidores de fogo, gladiadores e espécies exóticas de animais. Basta lembrar da expressão romana “pão e circo”.
Porém, o circo moderno surgiu mesmo em 1770, quando Philip Astley, oficial da cavalaria britânica, começou a viajar pelo interior da Inglaterra com um espetáculo que tinha atrações equestres, palhaços, malabaristas e acrobatas.
No cinema
A arte circense é tão contagiante que não conseguiu ficar só no picadeiro. Diversos artistas foram do circo para o cinema, levando outras técnicas e formas de atuação para as telonas. Além disso, a temática tem sido explorada das mais diversas maneiras no cinema.
Charles Chaplin, Federico Fellini, Cecil B. DeMille, Jerry Lewis e irmãos Marx. Esses são apenas alguns nomes que participaram de produções cinematográficas com temática circense.
Em 1928, Charles Chaplin atuou, foi o diretor e o roteirista de “O Circo”. Película em que ele interpreta um vagabundo que é confundido com um ladrão e esconde-se no circo para não ser pego.
Confira um trecho de “O Circo”:
“du Soleil”, mas globalizado
Cinco mil pessoas de diferentes partes do mundo fazendo arte circense. Essa seria a melhor descrição para o circo mais globalizado do mundo, o Cirque du Soleil. Fundado em 1984, o circo faz hoje 19 espetáculos ao redor do mundo. São nove apresentações em turnê e oito shows fixos nos Estados Unidos, Japão e Macau.
Fundado por Guy Laliberté, a primeira apresentação do “Soleil” aconteceu no Quebec, Canadá, como parte da comemoração dos 450 anos do país. Além dos espetáculos baseados em arte circense e de rua, números de dança, performances acrobáticas, contorcionismo, atuação e música, o circo canadense investe também no segmento de moda, galerias de arte e casas noturnas.
No vídeo, você pode ver algumas partes da apresentação do Cirque du Soleil no espetáculo Worlds Away 2012:
Reportagem: Mariana Albuquerque
Por trás da palhaçada
Eles fazem rir, se produzem, se apoderam de outra identidade, têm um dia comemorativo (nunca lembrado), são palhaços e são seres humanos. Numa definição bem simples, o dicionário os descrevem assim: “Personagem cômico, de circo, de show, ou de rua; frequentemente usa nariz vermelho”.
Mas às vezes é difícil acreditar que tudo não passa de uma encenação de um personagem montado. É o que conta Beatriz Teixeira, 27, que via os palhaços com outros olhos quando era criança. “A primeira vez que vi um palhaço na minha vida fiquei com medo, mas depois que me acostumei com aquele ser tão estranho me diverti muito, tanto que uma vez corri atrás de uma para ver o que tinha debaixo de tanta roupa, queria saber o que tinha ali dentro.” A admiração de um ser tão “irreverente, louco e engraçado” ainda continuou, mesmo hoje não existindo mais uma áurea sobre aquela figura. “Hoje eu acho uma das profissões mais lindas de se fazer, pra mim um palhaço é uma pessoa que arranca sorrisos, e cá pra nós, o que é melhor e mais bonito do que sorrir?”.
Já para outros, a imagem dos palhaços na infância não era algo tão agradável assim e tão pouco fazia rir. Karla Souza, 22, lembra que quando era criança tinha muito medo da “figura” do palhaço de circo. “Ainda hoje tenho medo. Eu acho que o medo na infância era por causa daquelas roupas, cores e performances exageradas e hoje essa imagem ainda me passa desconforto, não consigo confiar numa pessoa disfarçada em tanta alegria.”, disse a estudante com um tom de ironia.
Além disso, Karla acredita que não há mais um a “áurea” sobre a imagem do palhaço. “Hoje a maioria das crianças já sabem que palhaços são homens caracterizados. Eu tenho um primo de 5 anos que já sabe disso.”
Pobre, rico, bêbado, faroeste, num filme mudo, com mágica, irreverente, não importa como, o fato é que palhaços estiveram presentes na infância de muita gente, a marcando de forma leve e descontraída ou não.
A equipe do Respeitável Público foi às ruas e entrevistou o Ancomárcio Saúde, mais conhecido como Palhaço Xau Brau Brau. Confira o vídeo:
Reportagem: Rayane Guimarães
Por trás da palhaçada
Eles fazem rir, se produzem, se apoderam de outra identidade, têm um dia comemorativo (nunca lembrado), são palhaços e são seres humanos. Numa definição bem simples, o dicionário os descrevem assim: “Personagem cômico, de circo, de show, ou de rua; frequentemente usa nariz vermelho”.
Mas às vezes é difícil acreditar que tudo não passa de uma encenação de um personagem montado. É o que conta Beatriz Teixeira, 27, que via os palhaços com outros olhos quando era criança. “A primeira vez que vi um palhaço na minha vida fiquei com medo, mas depois que me acostumei com aquele ser tão estranho me diverti muito, tanto que uma vez corri atrás de uma para ver o que tinha debaixo de tanta roupa, queria saber o que tinha ali dentro.” A admiração de um ser tão “irreverente, louco e engraçado” ainda continuou, mesmo hoje não existindo mais uma áurea sobre aquela figura. “Hoje eu acho uma das profissões mais lindas de se fazer, pra mim um palhaço é uma pessoa que arranca sorrisos, e cá pra nós, o que é melhor e mais bonito do que sorrir?”.
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(Imagem: Adriano Escanhuela)
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Já para outros, a imagem dos palhaços na infância não era algo tão agradável assim e tão pouco fazia rir. Karla Souza, 22, lembra que quando era criança tinha muito medo da “figura” do palhaço de circo. “Ainda hoje tenho medo. Eu acho que o medo na infância era por causa daquelas roupas, cores e performances exageradas e hoje essa imagem ainda me passa desconforto, não consigo confiar numa pessoa disfarçada em tanta alegria.”, disse a estudante com um tom de ironia. Além disso, Karla acredita que não há mais um a “áurea” sobre a imagem do palhaço. “Hoje a maioria das crianças já sabem que palhaços são homens caracterizados. Eu tenho um primo de 5 anos que já sabe disso.”
Pobre, rico, bêbado, faroeste, num filme mudo, com mágica, irreverente, não importa como, o fato é que palhaços estiveram presentes na infância de muita gente, a marcando de forma leve e descontraída ou não.
A equipe do Respeitável Público foi às ruas e entrevistou o Ancomárcio Saúde, mais conhecido como Palhaço Xau Brau Brau. Confira o vídeo:





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